terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

escrever para por o papel numa garrafa e joga-la ao mar. Faço isso quase sempre. Amor ler cartas de amigos, ouvir recados deixados por eles, até de desconhecidos que a gente encontra perdido na rede cibernética. Algo me agrada ainda mais, ver fotos. O que importa é que tenha gente e que estejam nus, que se dispam nelas, que a roupagem esteja no chão e que suas almas se mostrem com lágrimas ou gargalhadas, que se movimentem em fotografias, que queira dizer algo que não disse, queira falar ou gritar, cantar, sussurrar, é lindo quando você escuta uma palavra viva da fotografia, de um movimento estático que cai ou que pula, de um ato de silêncio imperando na planície latejante que é a fotografia ou quadro ou pintura, sim a pintura é ainda mais agradável de ver, nota-se que dela há alguma transitoriedade humana ou até uma prolongação que sai da tela e toca os seus olhos com meiguice, alguma tinta rasga a pupila, uma outra intui aridez, derrama-se como um balsamo E assim como o relevo de um pincel que foi na opulência de ser verossímil, talvez, Então, eu me pergunto: Por que não te amar vida?  

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