segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Comeria todos os dias o céu do seu olhar
Mas não sou capaz lhe dizer
Demasiado inquieto com a lonjura, distancia
e no ar figura fugidia...

Diante do sol, não o vejo
Ponta de luz
Diante do céu, não o toco
Pedaço do olhar
luar

Finda-se o dia
Fosse o ultimo átimo
A luz que me encandeia

Persite espessa a azulada
Cor do céu em pouco tempo
Tomada as nuvens brancas, sans
Pelo breu

Fosse a distancia fria e um
Caminho o destino desmedido
Descompassado por promessas
Da boca carmim de sangue

Expondo sentir tamanha saudade

E logo, logo nesse instante, átimo
De tempo, crepúsculo a frete,
Com frio na barriga amolecendo o coração
Que bastasse um toque tênue seu para que o sangue
Se transforme em lótus, begônias, cravos, anis,
Deleite e jardim
E sorte seja o instante milésimo antecedendo o beijo,
mãos sobre mãos,
peito sobre peito

Tenho medo de te amar
e depois te ver sumir
sem se importar de novo
apenas livre, leve, pluma
sem olhar para trás
sem peso algum pra carregar
eu não mais resistiria
e quantas vezes mais tenho
que sentir-me esfriar
olhando as fotos do álbum
os cantos dos poros recém fechado
recém expurgo,
exalo o durame da açucena,
cidade
os cheiros da manha
o café, algum som de música
os óculos que esqueceu
o bilhete e as cartas
guardadas numa caixa
aberta sobre pingos
de lagrimas caídas, lagrimas
que dizem chega
agora, bem aqui
quase todos os dias olhando
o mar, tão animal, azul, tão mar
Quando vem? Me pergunta rouco, explosivo
Fico em silencio
Porque estarei na praia
Em pé, de pés molhados
Com o medo animal
Com amor assustado
Leve, livre, pluma