quinta-feira, 13 de junho de 2013

Não adianta meu bem tocar no teu peito
Com meu canto de silêncio
Pois cantando os detalhes que sei secreto
Clandestino, sei
No fim não daria Nada nem Rima.

Cores de pele com rangeres de cama,
Ameacei começar, mas impossível, pois
Mesmo os teus olhos, esferas azuis
Que me anilaram no breu, dois céus de voou e de queda,
Que cheiram a baunilha
Também não transpassaria
Pela tênue ondulação do canto...

Ah, como há brancura glacial de pele vampírica em vos
E como tremo tocando-a lisa, molhada, ferormônica
Entorpecendo meus pensamentos e pulmões.

De tua boca úmida, grossa, grande devoro como ao doce da anis
Mas, preciso pausar agora e dizer que ainda não me enlouqueces,

Quero dizer: acho estranho, estranho ser ao teu lado são
Não me tiras os pés do chão
Tão cientes que fomos de nosso papel

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