tag:blogger.com,1999:blog-77088853941770931432024-03-05T01:05:17.463-08:00Made in QueerA. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.comBlogger84125tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-33935466271051299342016-05-06T08:35:00.000-07:002016-05-06T08:35:41.118-07:00estou penteando o cabelo<br />
e me pego pensando<br />
na pele com pele nossa,<br />
horas vagas bem aproveitadas,<br />
cada poro meu grita teu nome<br />
até hoje, depois de tantas manhasA. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-6833695821118754042015-09-08T05:56:00.004-07:002015-09-08T05:56:45.587-07:00plante roseiras, por sorte quem sabe elas florescem mais rápido e a alegria não travaA. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-36111197712493378932015-09-04T10:29:00.002-07:002015-09-04T10:29:38.813-07:00é uma pena que até o amor caia no esquecimento, que a memoria da tua pele seja apenas de uma fagulha fraca e inóspita, o vento passa e te apaga num sopro.A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-84557964202657687422015-02-09T11:24:00.001-08:002015-02-09T11:24:47.603-08:00ás vezes, só às vezes não sei como dizer que teu sorriso flori meu dia, não sei dizer como meus passos sem que eu perceba procure o cheiro deixado por teu pescoço de baunilha, ou como teus saltos pelo mundo deixam rastros de luminância que meus olhos acham ou como que tuas pedaladas a medida que soam algum som no caminho lancem também lírios que me levem ao teu sorriso que flori meus dias, é quando posso ver o horizonte de um azul mais anil, mesmo as nuvens não são sombra quando a pele com pele encosta e a noite vem platinando a luz do tempo, eu meu anjo tenho oitenta e quatro mil e quatrocentos segundos no dia preenchidos de força e carinho quando me toca, beija, ergue os dedos sobre o pingo de brilho que incendeia meu peito, eu que passaria dias e dias e dias falando e falando do quanto é bom ouvir sua voz, o quanto não é perfeita a vida que temos e por ter atos de desajuste seja esse o motivo de me apetecer ainda mais a sua vida, meu coração ao seu e vice e versa<br />
<br />
__ sou seu, repeti mais uma vez em sua orelha direita que dizia ser herdada do pai, sou seu repeti a noite na cama quando a luz da rua invadia pela janela o quarto e eu ouvido o coração tão lento me dizia sem exprimir palavras que meu calor o dengava do frio e do fel dos dias caóticos,<br />
<br />
__ meu amor, ele disse como se dizendo isso pudesse esvair de seus pensamentos o carinho unido de todos os dias em que esteve recebendo ou como se as mil ideias que tinha n'alma sobre mim alcançassem também o liquido que corria nas veias de vontade que era adormecer do seu lado<br />
<br />
o céu era azul e todos os dias alcançava o azul com a língua<br />
<br />
dos pés nasciam begônias de pétalas com pele colorida<br />
<br />
se assustava com tanta flor e cheiro e besouros azuis<br />
<br />
gostava de incenso em palitinhos, poderia jurar que vinham de Bali<br />
<br />
das mãos voavam passarinhos e era todo ouvido ao som dos bichinhos<br />
<br />
mergulhavam no abdômen de rio, longo, calmo, limpo, encostava a cabela e dormi sem medo<br />
<br />
a barba tinha seda e capim limão<br />
<br />
a boca guardava o seu céu interior<br />
<br />
a boca por onde a língua voava<br />
<br />
aterrissei nas pernas<br />
<br />
fui estremecido pelos braços que sabia que chegaria<br />
<br />
fui lançado em suas costa onde ao fundo havia um mar também como o céu azul e agitado<br />
<br />
não tive medo e pulei no mar<br />
<br />
vi golfinhos, peixes amarelos, nemoras, tartarugas com função de pente<br />
<br />
<br />
__ por que você gosta de mim? ele perguntou, eu pensei na resposta e veio a mente algo que parecia ser luz, pingos de luzes, sombras e cores verdes, azuis, lilases, rosa, um vermelho semi transparente, se misturando em formato de hélices e asas assim como um pássaro manso passando de uma arvore pra outra, eu estava sentando numa pedra, era forte como um urso, estava pronto quando um tigre saiu de um rio perto e caminhou até a pedra onde eu estava, andou e olhou-me nos olhos, a qualquer momento me atacaria, pensei, mas continuou parado como a luz e os focos de luz do sol e fitou-me com seus olhos meio castanhos meio cor de meu e lançou as duas patas na minha perna e lambeu a minha mão colorindo-a de hélices semi transparentes, asas de desejo, begônias saltando do céu, golfinhos no ar, via láctea amanhecendo, com mil ideias procurando apenas o abraço e o peito retumbando <br />
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-4656676734854711532014-12-02T06:55:00.001-08:002014-12-02T06:55:49.872-08:00De repente um forte enjoou. É necessário dizer que a noite foi de pesadelos, por volta das seis horas de ontem ficou sabendo de um grande mal, pouco mais de doze horas de agonia, ânsia de morte, todo o seu corpo se preparou pra receber o mastro que correria o mundo e cairia na testa, mas há poucos minutos uma ligação comunicando que tudo fora esquecido e perdoado. A mistura da agonia com felicidade repentina dá enjoou, refletiu enquanto abria a janela do quarto e se concentrava na luz do sol que incendiou a faísca que aquecia o peito.A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-54761819047336101992014-12-02T06:36:00.000-08:002014-12-02T06:38:39.417-08:00a medida que o ponteiro vai passando indomável os passos são dados com força no piso das ruas, se você for medir seria uma pluma flutuante tanta esperança cintilando no peito do pé,A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-78467219749479374982014-11-18T13:13:00.004-08:002014-11-18T13:26:29.294-08:00sempre me rendo te olhando<br />
(pode ser de perto de longe, não importa como)<br />
fita-me num virar de cabeça, no levantar da cama, entrando no quarto, molhado no banheiro<br />
basta duas piscadela e meu corpo se rende<br />
não importa<br />
porque a redenção trás a tona os coqueiros e ventos de uma praia a qual passaria a vida toda contigo<br />
emergidos do sonho pingamos placidez que se ergue de nossos dedos em encontro ao beijo mordido<br />
fruta do pé<br />
madura e docinha<br />
vermelha<br />
estalejando batidas do meu corpo sobre o seu de quentura<br />
roubaria teus castanhos olhos<br />
me deito com teu silêncio,<br />
teu braço sobre minha cintura<br />
apertando meu coração<br />
há alguma respiração sobre minha nuca<br />
pelos espetando com suavidade o pescoço<br />
e agarrados ao peito que bate<br />
nos puxamos rumo a vida de nuanças<br />
de uma movimentação estalactite,<br />
noite estrelada de Van Gogh <br />
assombro-me com a voz que sai da boca pequena<br />
me beijando o pescoço,<br />
porque é duro deixar você ir,<br />
porque parte de mim segue teus paços e teu cheiro,<br />
porque meu corpo reclama sua face descansando sobre o sol da tarde<br />
ou a sombra da seda azul que balança<br />
vento&mar, imensidade,<br />
uma estrela se derrama sobre nós<br />
e eu apeteço em sua boca,<br />
em sua força motriz<br />
em sua voz de calmaria,<br />
como um rio profundo,<br />
águas dos andes,<br />
mananciais e riachos doces contornando as pedras<br />
obedecemos aos desejos nas pontas dos dedos,<br />
vou como a voz que não volta,<br />
como o paço dando a frente e avante sigo sem medo<br />
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-84505969627850836622014-10-01T18:30:00.002-07:002014-10-01T18:30:45.254-07:00<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">Ele guardava silêncio nos olhos castanhos,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">Era algo intimo e precioso, doado aos poucos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">Diariamente me olhava com olhos de rottweiler<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">Pressentia que a qualquer momento, haveria um ataque<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">Me pegaria pelos braços e me levaria a algum lugar<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">Onde pudesse tocar em meu rosto<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">Mãos que intuem um carinho antigo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">Guardado e doado como se um voo partisse de seu peito<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">E tocasse o meu querendo-o mais<span style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></div>
A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-87813110620934553942014-09-01T04:03:00.001-07:002014-09-01T04:03:20.029-07:00a qualquer momento a borda da piscina seria molhada<br />
duas lagoas azuis piscando<br />
cílios calmos a observar o vento<br />
dois pulos, um em cada olho<br />
mergulho e emersão<br />
duas mãos agarradas ao rosto, encobertos,<br />
alguns segundos se passam<br />
a festa de sensação encobria rebanadas<br />
asas soltas prontas pro encontro<br />
a areia pele se evaginou<br />
choveu forte naquela tarde<br />
e não turvou a vista das palmas que caiam,<br />
verdes<br />
<br />A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-82725818915353783262014-08-22T06:12:00.001-07:002014-08-22T06:32:16.724-07:00<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;">Veio dos mares essa anedota sem inicio meio e fim</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;">Na boca da
noite um beijo do lábio jambo caiu do céu de ventos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;">Na boca da
noite a pele em safra no templo em Babilônia desabrochou pros ventos, </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;">pra terra e na copa
amanheceu meio terra, meio madeira, fruto fértil, recebeu línguas estranhas,
suores e malicia em sumo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="line-height: 115%;">Os jardins de Nabuco, um t</span><span style="line-height: 115%;">empo </span><span style="line-height: 21.466665267944336px;">difícil</span><span style="line-height: 115%;"> também
conhecido maravilha das tragédias abstratas, fenômenos da natureza,
tempestividade dentro e fora das gentes, tudo pode acontecer, ventanias
erguendo pessoas do chão, é o espaço em que se tira do pé jambos maduros
prestes a se estragar ou só olhar a lua maior - quando menos se espera chove meteoros
a olho nu, o tempo dá vida, dá floração dos sentidos, aguçados por mordidas de
morenos na pele sensível, desabrochados em lugares improváveis, é tempo das
plantações também, das sementes provindas do peito que bate a muito custo,
passa-se nos cantos, cava-se, deixa-se pegadas pro descaminho pra colher dengo
e caricias num futuro de lírios nas cores azuis.</span></span></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;">É tão fácil como
os ventos carregam folhas secas do tempo que não volta mais. E assim, todo
passado deveria ser leve. Toda palavra dita deveria diminuir de peso com o tempo
que não volta mais, mas na verdade só ganha peso as que constantemente insistem
em retornar quer por força da natureza que por força da vida e dos ventos que
nos carrega rodopiando nas calçadas, estradas sem fim, esquinas de postes e
cruz em corpo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Veio do mar negro o inicio da tardinha</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Dizia que na boca de uma noite estrelada um beijo do lábio jambo caiu do
céu de ventos sobre queixo erguido, sem pressa num templo qualquer, me disse uma voz. Na boca
da noite a pele e uma pétala em safra num templo em Babilônia desabrochou pros dedos lírios de um
rapaz ocre, pra terra e na copa do céu amanheceu flores de sorrisos férteis, línguas suadas e malicias em sumo. Trata-se de algo proibido.
Pela manha passei em jardins de um tempo difícil, também
conhecido como maravilha das tragédias abstratas, fenômenos da natureza,
tempestividade dentro e fora dos caldeus, tudo pode acontecer, ventanias
erguendo cabelos do chão, é o espaço em que se tira do pé jambos maduros
prestes a se estragar, mas não se estraga, quero dizer, só se você não tiver tanta vontade quanto eu tenho, pressa em comer novamente minha infância, doce infância desprovido de tanto hormônio, pelo, voz grossa e músculos que antes mais ponderavam os sorrisos e as corridas sem sentido rumo ao dia preguiçoso e intenso de alegrias que era jogar de esconde-esconde, assistir seriado de luta do japão. Ou somente olhar a lua bem maior a noite- fenômeno que acontecerá quando você tiver trinta e cinco anos, disse o ancora sério da tv. E quando menos se espera chove
flocos de mel a olho nu, o tempo dá vida, dá floração dos sentidos, abre-se bem a boca, apanha-se no ar, aguçados por
um abraço coletivo de pele com pele, desabrocha-se a noite e se tira a blusa pro encontro entre irmãos nos lugares mais comuns, prova-se salivas com doçura derretida de pirolitos. É tempo das plantar bombons, sementes caminhando em ureteres, passa-se nos cantos da curva do corpo gritando com o pulo da pedra alta no açude, cava-se bem o chão onde se pisa, deixa-se pegadas na areia molhada que seca e cega o destino sem dengo e caricias num futuro parecendo o mar pérsico há muitos anos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">É tão fácil como os ventos que carregam histórias secas do tempo que não voltam mais e eu aqui do lado de ninguém gostando do meu silêncio preenchido de encantado desprendimento. E assim como o passarinho pela janela passa voando veloz na estrada, deveria ser também leve bem ali nós todos parados na asa em forma de lágrima e rumo como toda palavra dita que devesse diminuir de peso com o tempo e que pode se quiser vim mais cedo na língua e na ponta dos dedos. Fala-se com as mãos e com o corpo. Mas na verdade só ganha peso
as que constantemente insistem em retornar, só ganham peso os que querem pisar quer por força da natureza quer por
força da vida e dos ventos e nos carregam rodopiando nas calçadas desnudas de sentido (preso no estomago), estradas
com um fim barulhento, som de tufão e roixinol, esquinas e cruz em corpo usados pra queimar e produzir cheiros fragrantes desagradáveis em pleno meio dia. </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-53930245319863533182014-08-13T08:13:00.003-07:002014-08-22T07:33:18.703-07:00<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Esbouço para uma estória de renuncia e saudade<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
</div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Ele pôde observar em pleno breu águas vivas queimando na ponta da língua, </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ele acordou com cheiro de jambo no corpo<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">e de repente entre a boca e o nariz o cheiro da nuca do rapaz ainda do dia anterior </span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Do olho caricia e castanho veio um zumzum de benjoins, voavam de um lado pra outro. </span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ambos estavam a procura de pólen, acharam fragrante incenso do mais alto Himalaia<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Na noite anterior da areia mesmo ele avistou o moreno tomando banho no mar quentinho</span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Era verão, um eterno verão nos trópicos e na testa dele dizia pra tomar cuidado, não abriu a boca pra saber que se tratava de um olhar com alma rasa. Entrou devagar a profudidade veio no inicio no joelho.</span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Não pulou de cabeça, o tempo era de bel prazer e assim como a noite não leu os sinais, ao contrario disso correu com algum cheiro de sol ou de
surpresa em vão, </span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">mas de repente o aviso do moreno flutuou na maré alta </span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">e o canto de passarinho pelo suor que descia do pescoço grosso do moreno </span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">espraiou poros da pele
do recém-acordado, havia café na mesa, a chaleira não piou</span></div>
</div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ergueram os braços devagar, ele aparou na mão o humor dele com o pulmão </span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O radio ligou e avido nariz farejando as notas da música já no ar veio cheiro
de acácias <o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O jardim fervia de insetos, polens em todos os lugares do quarto,</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A língua se sentia um tanto salgada do trabalho duro<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
</span><br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O sol iluminou o rosto dele </span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">o lábio grosso do outro,</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">ambos camicazes em folhas secas indo de encontro ao azul celeste</span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Desciam</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">num momento </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">monstros enormes confundindo-se com o
ambiente, </span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">estrelas do mar perdidas, moluscos escondidos, </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">lulas e polvos mudando
de cor </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Um camaleão do deserto mudou de cor resignado nos navios de fundo negro </span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">reino perdido, sereias
do mar maliciosas, dançantes, de caldas e sorrisos eloquentes, faceiras, um encanto
dentro de um coração tão pequeno, matavam homens sem amor,</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">admirou-se do blefe do moreno, que
apenas cheirava fruta.</span><span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
</div>
A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-14710944104980444052014-08-13T07:10:00.002-07:002014-08-13T07:10:16.514-07:00<div class="MsoNormal">
esbouço pra um conto erótico</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Meu sonho é vim um cara ficar me chupando por debaixo da
mesa enquanto eu trabalho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Mais um fetiche anotado<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Eita, to vendo que vai ser difícil resistir você, mas eu
consigo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Safado<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
É verdade, porque no fundo sou serio safado só no raso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Mostrei o jakcstrap pra o meu namorado e ele achou coisa de
viado<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
mas não é, é diferente.</div>
<div class="MsoNormal">
Fico com muito tezão, caras usando essa cueca rasgada na bunda, fico louco<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Vou usar pra você, mas não pode tocar, lembre-se<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Já to de pau duro e ninguém vem aqui me chupar.... droga<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Lembre-se n pode tocar, você namora<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Ok, não vou tocar, só olhar<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
isso mesmo</div>
A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-88926085377483510992014-08-08T07:05:00.000-07:002014-08-08T07:08:43.380-07:00sobre o desejo de Jupiter no mês de eupção<br />
<br />
o mês dos ventos é o mês do perigo e das chuvas de pedras, disse o astrólogo com gosto de estrela na ponta da língua, com olhar atento pro telescópio apontado pro breu, pro céu do seu peito - de sua janela no jardim desapercebeu uma flor quando sentiu urgência e desabrochou trombeta de anjo teimosa no ar, porque estava entretido com pétalas vermelhas mais incandescentes que se derramavam num lua de Júpiter, dezoito vulcões de zanga ardendo na pele enluarada na orbita de Zeus.<br />
<br />
nas noites de agosto uma chuva de meteoros varre as estrelas do céu, gotas de luzes, vaga-lumes do campo, sons da lua cheia nos cantos e gretas em uivos de lobos maus em esquinas de boa conversa, do céu da boca se derrama aos nacos dos lábios grossos do moreno jambo sutis explosões no peito sem apelo&pelo - mordidas descem da grande viagem, brilhos e foco de um céu atras do olho castanho desflorado para além da pele chá mate, tomando com calma e caneca a noitinha antes de dormir desejo.<br />
<br />
Agosto chegou trazendo perigo de vida, da morte trouxe má fama, um mês de ventania, de sedição meteórica e céu a noite com gotas de luz e de luas em Júpiter gritando, pura erupção, estrelas em explosão, das cinzas em orbital se faz o éter da malicia que não senti mais o rasgar do magma nas crostas de Cronos preso nas entranhas, ventre distante e ventanias constantes - agosto vem com gosto de chuva de fogo, de entrega e comoção. Procure guarda chuvas que implore a noite vendo pedras vaga lumes caindo na atmosfera mortal, pedidos a estrelas cadentes carentes de chamego, antigo movimento que intui um mais que querer.<br />
<br />
numa manha de água na boca de agosto o desgosto não finca estaca, numa manha leitosa desse dia, uma quentura gostosa e um café descia aos goles pela garganta, do lado um amor cheiroso fritava no silêncio claro da sala, dormindo com olhos ainda incrustados da chuva de desejo e magma da lua de Júpiter.<br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-17148199752131721622014-08-05T14:42:00.001-07:002014-08-05T14:42:49.534-07:00<span style="font-size: large;">esbouço de uma paquera</span><br />
<span style="font-size: large;">oi</span><br />
<span style="font-size: large;">oi</span><br />
<span style="font-size: large;">o que você manda rapaz?</span><br />
<span style="font-size: large;">mandar? sorriu e pensou, que tal conhecer você melhor?</span><br />
<span style="font-size: large;">essa é uma boa ópção, você parece ser uma companhia deliciosa</span><br />
<span style="font-size: large;">isso você vai ter que provar</span><br />
<span style="font-size: large;">eu quero então</span><br />
<span style="font-size: large;">afim de sair hoje?</span><br />
<span style="font-size: large;">pra onde?</span><br />
<span style="font-size: large;">qualquer lugar onde eu possa te beijar</span>A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-24085880494240433302014-08-05T14:38:00.003-07:002014-08-05T14:47:22.990-07:00<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">é natural se sentir perdido no mundo</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">quando há perca de sentido pelo caminho</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">ou quando a existências das coisas mudam de uma vez</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">pedras no meio do caminho repentinamente rolam</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">e de repente um ato que não diz nada</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">uma janela se abre para o pássaro entrar claro e freco</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">pio ventando no canto da nuvem azul</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">olhos sentados na grama, </span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">coração aquecido da terra, </span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">ouvidos sorvendo mel</span><br />
<span style="font-size: large;">vem com cheiro saudoso de amor</span></div>
A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-6287379335658069132014-08-05T14:30:00.002-07:002014-08-08T07:09:44.715-07:00<div>
<span style="font-size: large;">ensaio sobre a imaginação</span></div>
<div>
<span style="font-size: large;">a criança pergunta</span></div>
<div>
<span style="font-size: large;">que isso?</span><br />
<div>
<span style="font-size: large;">um microscópio</span></div>
<div>
<span style="font-size: large;">para que serve?</span></div>
<div>
<span style="font-size: large;">para ver coisas que normalmente não se vê</span></div>
<div>
<span style="font-size: large;">tipo o pensamento?</span></div>
</div>
<div>
<span style="font-size: large;">sim</span></div>
A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-49865284166436776292014-04-02T06:26:00.001-07:002014-04-02T06:26:26.319-07:00não quero mais perder o sorriso do sol com a mão da manha,<br /><div>
doí não prender em jubas leoninas o cheiro dos pássaros de capricórnio</div>
<div>
que emudecem no colorido do sol e atiçam a visão do azul céu, </div>
<div>
prender doí no canto do bico e do dente,</div>
<div>
é meu pesar que agarra nas penas da primavera no fim do inverno ou enlaçam o desembaraço do pirilampo a noitinha, sertão,</div>
<div>
esmorecendo no corpo bambu, inerte em casa, cama, canto do olho.<div>
<br /></div>
<div>
se tu que sempre vem com esbelteza quiser ir,</div>
<div>
vai</div>
<div>
se tu que me sorrir nos sinais de semanas quiser ficar,</div>
<div>
tu fica!</div>
<div>
se tu que me sorrir pelo ouvido num sopro de instante pétalas vermelhas,</div>
<div>
fluxo de cores, algo libertino, perolas jogadas em cofres, artesão </div>
<div>
pudesse ter ciência do que tenho,</div>
<div>
extremamente difícil de se realizar</div>
<div>
ou doesse como me doí a cada segundo depois do primeiro grito</div>
<div>
esforço na maternidade de uma laça pontuda fácil de desatar</div>
<div>
basta mais um grito (e pronto)</div>
<div>
de uma vida sem espaço delimitada no</div>
<div>
limite ou extensão de alcance entre</div>
<div>
galaxias, hiato</div>
<div>
greta como solução</div>
<div>
abertura no corpo humano</div>
<div>
onde o sorriso retumba e o cheiro de </div>
<div>
penas nadam peixes bambus</div>
<div>
puro exercíco</div>
<div>
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
</div>
A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-44559268656320822642014-03-22T14:14:00.001-07:002014-03-22T14:31:14.943-07:00<span style="font-size: large;">estava disposto a escrever sobre lindezas que ficam ao redor da mente, estava decidido que novamente falaria inesgotável sobre estrelas nos céus, pores de sol e que a lua deveria ser mais linda vista de alguma ilha na Grécia, de Creta, Ítaca ou Lesbos, os pés dentro da água e a lua de mel a sós estaria lá dentro e bem limitada no horizonte acima da cabeça, na cor metal de um rock dedilho de guitarra, mas leve como os ares mornos dos oceanos ainda azuis para ajudar observar as estrelas ao redor, para que falassem as águas que quebram como uma pata de monstro na areia dos olhos de Deus, sobre como eles são e de como ainda é possível a absorção desse percusso estelar que faço ao amanhecer, desse dia após dia, engolindo o tiquetaquear das pernas com pressa de perder o ônibus, de não chegar a tempo pro rosto escavado que bate numa parede cor branca, dias após dia, a precisão implacável desse instante, olhe para seu pulso perceba e tente se puder parar o ponteiro, trema de medo e de força que fará, momento em que se sente nas pontas dos dedos a febre que recobre todo o corpo, amar no maremoto de duas coxas que se erguem ligeiras pode ser mais eloquente, pode não é mais, e se abrir uma fagulha de interrogação o sopro dos sons de palavras, apenas as jogadas nos ares oceânicos, rock em gemidos na Atenas de 300 a.c, </span><span style="font-size: large;">serão as que tira da boca a querença. </span><br />
<span style="font-size: large;"> </span>A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-40419932610897561382014-03-17T07:00:00.003-07:002014-03-17T07:33:52.987-07:00<div style="text-align: justify;">
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: Cambria, serif; font-size: 14pt;">17 de março de 2014, às 10 horas 53
minutos. Pensamento grácil. É muito bom que a vida te dê presentes gráceis, é
muito bom o presente que a vida resolve te dá quando bem entender e você menos
espera, quem sabe, ou quando for preciso, quem pode saber ou quando tiver que
ser Vai ser de uma forma ou de outra, a pergunta que não quer calar a boca, por
que a vida é assim? sim, eventualmente por algum capricho ou por alguma vontade
extra terrena, quem sabe, ela resolve te contar algum segredinho dando pirulitos
roubados de uma criança no parque, chega infalível e divertida para dá um beijo
no rosto e gargalhar como um pequeno segredo num bilhetinho escrito na mão (nunca antes me tinha
sido contado), </span><span style="font-family: Cambria, serif; font-size: 14pt;">pois quando passo em meio a multidão azedume dos dias de horror
é quando recebo da mão de alguém um aperto camarada sabor chocolate ou quando
sou exprimido contra superfícies de pele quentinha num
abraço enternecido (peito a peito) decidido a mandar embora os desejos da
infância a vida me presenteia; quando também abro os olhos logo a noite e vejo
pela janelas abertas o toque das pessoas que interliga corações jaspeados por
veias e artérias nas praças, ruas e calçadas, é quando acredito um pouco nas estrelas do céu; vejo pessoas lilases brincando com águas vivas sem medo de serem felizes,
vejo luzes coloridas ao redor transpassando os namorados de mãos dadas em casas
nas cores de recife afiado, andam devagar e com cuidado, vejo também facas
usadas pra cortar legumes com sorrisos na boca em vez de sangrar, sangrar mesmo
só o sol da tarde indo pro mar e quis se calar um pouquinho diante daquela esbelteza toda e ficar acordado para ver a manha
aparecendo de forma condutora elétrica não pelas cores mais iluminadas do dia,
mas mais pela janela de alma aberta pro céu azul em </span><span style="font-family: Cambria, serif; font-size: 14pt;">buques de rosas para espinhar os dedos,
os mesmo dedos dando ordem ao caos, caos, caos que novamente rodeia, mas que agora
não quero pensar nisso, porque os recifes de azul afiado e as águas vivas que
queima lilases podem tornar o angulo do mundo mais tênue de se viver. </span></div>
</div>
A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-61015504318965593992014-03-17T06:20:00.004-07:002014-03-17T06:22:48.664-07:00<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>quando as mãos de jasmim tocam as luzes na água azulam com o simples perfume o mar, o mar que quebra nas areias do coração pegando fogo e na beira da praia o magma endurece de pena, há uma parte própria para o banho inglório, morno e transparente, há uma parte que mata de rir outra de chorar, as pegadas se apegam mais com o fogo das velas dos barquinhos a noite e de manha cedo podem pelo destino novamente se tiverem coragem fazer algo bem doido e sobreviver pra contar. Pular de penhascos, nadar com monstros marinhos, saltar de paraquedas, e pra amortecer o baque lá no fundo do meu peito a dor pega fogo nos olhos enquanto o infinito de folhas verdes encontra o voo livre, eu quis viver para sempre ali sobre o remexo das arvores do céu ou batida da asa azul de algum passarinho no cio ou ainda passear com flores colhidas dentre vidros no horizonte pra presente</b></span></div>
<br />A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-58077194394596105292014-03-15T07:43:00.002-07:002014-03-15T07:43:38.007-07:00<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">ouvi a tarde se fechando em pérolas de breu</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">jogadas do céu com cheiro da terra úmida, lá ia o sol e</span></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">lá vinha arterial grande volume d'água queimando gravetos, penas cor mel, gargantas de areia tremendo na voz inconfidente, telefone que não toca; mudança que se dá na velocidade de uma flecha, maçã de pele vermelha sangue e a gostosa mordida deverá ser ainda por cobiça</span></span></div>
A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-15161830737451260292014-03-13T09:32:00.000-07:002014-03-13T09:46:28.704-07:00<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%; text-align: justify;">Se acende escura uma vela de insônia</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Bem no meio da sala vã de pernas pro
ar<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se joga no chão mesmo bem ali no
circulo<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aquilo que não vale um palito de fósforo
queimado<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E no fim de alguns minutos se nega a clareza
viva da matéria estelar<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">A cera queima lerda na pele chão da
casa, escorrega dureza pelas frestas conversadeiras, escorregam ceras liquidas
findando o fogo do pavio ou o manto de traços do desenho antigo que ainda estar
por vim, manto de sonhos que cobrem de cor borboleta recém saídas do casulo oco,
mas ávido e heroico, sobre o rosto incrédulo, mas feliz, estava alimentado e </span><span style="line-height: 18.399999618530273px;">expôs</span><span style="line-height: 115%;"> ao azul do céu enjaulado a chave se remexendo pelo sopro de uma criança
dentro da fechadura que dizia: dê alimento as mãos com quentura na fria
madrugada e dê manhas passarinheiras aos olhos que descem velozmente pelo mar,
abra seu peito quântico no esplendor dos sorrisos veludo massageando ouvidos
felinos, queira e queime-se do balsamo ao seu redor, invisível aos olhos de ambição, </span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">as portas sabem das coisas, escute-as, elas ouvem e vem as pessoas em sua intimidade, a cada batida do coração, cada toque de lagrima na madeira, </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">elas que contam com tamanha mudez a perfeição da flâmula nua escapando de gaiolas ruínas que sempre ficam pra trás, já as janelas mais mexeriqueiras
e curiosas são implacáveis, recebem visitas de passarinhos azul céu e de insetos que procuram o verde, o chão, do vento espiritual e como o pavio
curto que até pouco tempo disse, adeus, são rápidas, acompanhe-as. </span></div>
A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-41495681475082980922014-03-11T09:04:00.001-07:002014-03-11T09:06:12.348-07:00<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Agora que amo posso ser surpreendido olhando besouros azuis
cheirando polens no jardim de begônias, rosas e magnólias lindas na espera
delicada de mais um pouso fértil, as jasmins e pimentas se desprendem no ar aromáticas com os
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pulos e voos vazantes dos pequenos
animais recém morfoseados e sentindo a fumaça de incensos de baunilha do México
grudados na roupa já jogada no chão alguns insetos curiosos aproveitam e
descansam, pele nua de orquídeas chocando-se a todo instante, braços e pernas,
vento nos nervos do nariz, das patas e pétalas e ao longe como uma miragem a
copa da mirra na Somália em amargura ferida por homens ousados, ver que a
luzinha vermelha do fogo como ingrediente do sol descansando sobre um granito
em cima da cômoda no quarto em cinzas de limão, flores de laranja ou cravo-da-índia
oleados pudessem tirar do rosto, do meu rosto o espelho ressecado e se
desprender da perca de viço que as patchoulis frescas do campo, bem ali onde
habita mitigações das dores sorvessem os tóxicos da pele, pois agora que sei
amar sem guilhotinas cerceando as pontas sideral dos meus dedos, posso sentir
as resinas pontudas de noz-moscada vacilando em uma vela acesa, do fogo de
frésia inocente de algum canto sereno, arranjo na mesa da debutante, e nós ao
sol visse o raio de olíbano com seu leite ureter em jato descer sobre o peito, abdômen e virilha
adocicados. </span></div>
A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-28686651755410231432014-03-10T09:29:00.001-07:002014-03-10T09:29:19.882-07:00<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quis mais viver quando
uma folha da copa frondosa cai seca com o peso de mundo sobre as costas. Tudo
era tão certo. A folha suave desceu na desordem de uma manada. Todas as coisas estavam no seu devido e estudado lugar por séculos.
Havia uma casa, uma rua, um lapso no tempo do relógio do pulso azul latejando que
empurravam todo o sangue para uma tarde quentinha - sentado em cadeiras de bambu com os
pés descalços olhando o céu também azul, prestes a escurecer, na cozinha um bolo de
batata recém saído do forno que não quis comer, ainda sobre a mesa, intocável, perfumado,
excitando os narizes desatentos que respiravam sem perceber desconforto, arfado aroma, mas quão egoísta é, porque tão feliz era e tão desesperador era. Queria ir, ir ir. Só
via um caminho. Estava prestes a correr, estava ouvido o convite que vinha pelo
vento dos hemisférios. Era doce e queria azedo. Era liso, era macio. Pulou e caiu na areia, sentou-se em seguida num balção, bebeu em vários copos logo a noite, respirou em quartos fechados com mais de três, intoxicou-se comendo morfo, lambeu algas verdes no bebedouro, cortou madeiras pra fogueiras, pôs folhas pesada pra queimar<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
um beijo labareda lambendo os pelos da perna</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
boca a boca para um salvamento dos encostrados peito a peito</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
a língua ignição faz faísca de pedras </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
um choque de mandíbulas vermelho helicoidal </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
por cada pelo queimado, por cada poro aberto exalando suor,</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
por cada irrigação feroz, por cada tremor de pele terrena</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
trazia a margem da cama redonda, lagoa, a subida do tom,</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
ou gemido de um tigre subindo sobre a fêmea tigre no cio</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
o pelo em chamas de lambidas fogo</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
salvação diária de um tigre de bengala 20cm</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
beijo centelha elétrica de um gemido terreno</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
choque e irrigação do peito a peito</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Queria ir montado nele, sobre a pele dele em movimento</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
sobre o couro macio vivo, não estagnado no chão de granito</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
arfando ares, imáculos adentrando virgens na selva imbele</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
sem olhara para traz, sem correr risco de virar sal</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7708885394177093143.post-73946873366848656602014-02-27T07:54:00.002-08:002014-02-27T07:55:52.021-08:00<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">todos os dias quando amanheço céu ou sol para ver as
fotos dos lagos, meses em que nadamos </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">OU</span><span style="line-height: 115%;"> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">quando olho pro branco desse folha sem
nada a dizer, MAS de repente é riscada com força eu penso em você:
pérola-sólido-serôdio </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">e aos poucos sendo preenchida de sonhos eu vou também
perdendo-me entre os estilhaços, pingos, acentos de espadas sobre frases de
amor. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">Do azul dos olhares mesmo castanhos vem o branco e o brilho dos sorrisos
e gargalhadas soltas ao vento dos mares, fruto tardio que sua árvore de vida
deu. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">Mas fechado, desentregue, guardada suas pérola nos meus dedos sem anéis as
seguro recém-saídas de uma guerra. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">Quando ontem me ligou e antes que escutasse
a tua voz, eu ainda estava grande como o dia nas ruas de concreto cinza e
ressequido minha voz e meus músculos falaram contigo, </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">até que te ouvindo me
dizer seu nome senti reconhecendo-te a voz mais linda do mundo</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">como se a lua de onde eu via no céu escuro
descesse até mim e disse assim: “toma meu lindo, coma-a ou cole-a em teu peito, faça-a
de guia, faça-a o que quiser”,</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">entardeci mais cedo perdendo o sol, tocou-me a Lua no coração, abri-o
e aqui pôs um pedaço de estrela quente, sedenta e antiga. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">Fiquei feliz e
radiando alegria, esqueci que tinha morrido ou em como era dolorido o cessar de
amar de um para com o outro, mas que isso enxerguei dificuldade & entrega, </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">decidi pela entrega, amar-te-ei assim bem prolixo e ornamentado para que haja
obstáculos meus também e se for de vim algo </span><span class="apple-converted-space" style="line-height: 115%;"> </span><span style="line-height: 115%;">a mais ou ligação qualquer que seja
para ambos o crescimento e as ópticas de simplicidade no beijo que não valerá ser descrito,</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;">pois o que quero realmente fazer, uma vida humana tocando nos corações dos homens e pondo
migalhas de luz que se fortalece empurraria-me para aquém céu</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
A. Everton Rochahttp://www.blogger.com/profile/15040144467248385534noreply@blogger.com0