Se acende escura uma vela de insônia
Bem no meio da sala vã de pernas pro
ar
Se joga no chão mesmo bem ali no
circulo
Aquilo que não vale um palito de fósforo
queimado
E no fim de alguns minutos se nega a clareza
viva da matéria estelar
A cera queima lerda na pele chão da
casa, escorrega dureza pelas frestas conversadeiras, escorregam ceras liquidas
findando o fogo do pavio ou o manto de traços do desenho antigo que ainda estar
por vim, manto de sonhos que cobrem de cor borboleta recém saídas do casulo oco,
mas ávido e heroico, sobre o rosto incrédulo, mas feliz, estava alimentado e expôs ao azul do céu enjaulado a chave se remexendo pelo sopro de uma criança
dentro da fechadura que dizia: dê alimento as mãos com quentura na fria
madrugada e dê manhas passarinheiras aos olhos que descem velozmente pelo mar,
abra seu peito quântico no esplendor dos sorrisos veludo massageando ouvidos
felinos, queira e queime-se do balsamo ao seu redor, invisível aos olhos de ambição, as portas sabem das coisas, escute-as, elas ouvem e vem as pessoas em sua intimidade, a cada batida do coração, cada toque de lagrima na madeira, elas que contam com tamanha mudez a perfeição da flâmula nua escapando de gaiolas ruínas que sempre ficam pra trás, já as janelas mais mexeriqueiras
e curiosas são implacáveis, recebem visitas de passarinhos azul céu e de insetos que procuram o verde, o chão, do vento espiritual e como o pavio
curto que até pouco tempo disse, adeus, são rápidas, acompanhe-as.
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