quinta-feira, 13 de março de 2014

Se acende escura uma vela de insônia

Bem no meio da sala vã de pernas pro ar

Se joga no chão mesmo bem ali no circulo

Aquilo que não vale um palito de fósforo queimado

E no fim de alguns minutos se nega a clareza viva da matéria estelar

A cera queima lerda na pele chão da casa, escorrega dureza pelas frestas conversadeiras, escorregam ceras liquidas findando o fogo do pavio ou o manto de traços do desenho antigo que ainda estar por vim, manto de sonhos que cobrem de cor borboleta recém saídas do casulo oco, mas ávido e heroico, sobre o rosto incrédulo, mas feliz, estava alimentado e expôs ao azul do céu enjaulado a chave se remexendo pelo sopro de uma criança dentro da fechadura que dizia: dê alimento as mãos com quentura na fria madrugada e dê manhas passarinheiras aos olhos que descem velozmente pelo mar, abra seu peito quântico no esplendor dos sorrisos veludo massageando ouvidos felinos, queira e queime-se do balsamo ao seu redor, invisível aos olhos de ambição, as portas sabem das coisas, escute-as, elas ouvem e vem as pessoas em sua intimidade, a cada batida do coração, cada toque de lagrima na madeira, elas que contam com tamanha mudez a perfeição da flâmula nua escapando de gaiolas ruínas que sempre ficam pra trás, já as janelas mais mexeriqueiras e curiosas são  implacáveis, recebem visitas de passarinhos azul céu e de insetos que procuram o verde, o chão, do vento espiritual e como o pavio curto que até pouco tempo disse, adeus, são rápidas, acompanhe-as. 

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