depois de todo esse tempo,
depois de
tudo que já passei
ainda me sinto como se fosse da primeira vez,
ainda espero. espero
com medo e vontade
ouvir sua voz baixa pelo telefone,
sem som eloquente, sem esmero, beleza pungente,
até estridente e grave ao mesmo tempo,
uma voz que diz coisas
normais,
espero-a sabendo que não arranca de mim centelhas,
não ascende fogueiras,
nenhuma se ascende nem fervura flamejante se eleva, nada, nada, mas espero assim mesmo
ainda com medo e vontade.
a saudade existe. sinto uma falta danada.
o medo é que
ela persista e que você vá embora, quem sabe, logo agora?
a vontade é que os
corpos possam conversar e se entender,
corpo com corpo sempre dão certo e nossas
almas
quem sabem nossas almas saibam e persistam no entrelaçamento das nuanças, na limpidez
do momento que antecede o beijo,
um aperto, algum abraço, olho no olho,
sussurro ao pé do ouvido que
arrepie os poros dos pelos do braço,
costas, pernas e pescoço seu e meu gotejando sangue,
fomentado células e partículas minhas
que repito - sentem a sua falta.
.
Poema lindo, a forma com que descreve o amado; suas emoções ficaram claras. Lembrei de tudo. Esse trecho é interessante, gostaria depois que conversássemos sobre ele... Abraço,
ResponderExcluir" espero-a sabendo que não arranca de mim centelhas,
não ascende fogueiras, nenhuma se ascende nem fervura flamejante se eleva, nada, nada, mas espero assim mesmo ainda com medo e vontade.
a saudade existe. sinto uma falta danada.
o medo é que ela persista e que você vá embora, quem sabe, logo agora?"