São 14h34min, me sinto como se tivesse
mergulhado em varas, bambus, folhas laminares cortando meus braços, minhas
pernas e pés. A face, a única parte que sobra pra fora da piscina vermelha permanece como um
lago mediterrânico espraiando o suplico em absoluto silêncio, com boca
fechada, a língua se move, quer gritar mais uma vez e os olhos arregalados
observam quando o tigre chega lerdo e deita-se, bebe um pouco do
liquido e pegando sol na praia de areia branquinha se deita, se espreguiça despreocupado, poderiamos tocar o
espaço sideral, eu poderia servi de alimento pra ele ali, bem perto de mim, morrer na boca de uma besta ferra, dentes cravados na garganta, poderia jorrar uma fonte de sangue, de água, juventude esvaindo-se sem que
eu posso esquecer por um minuto se quer com tantos espelhos ao redor.
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