quarta-feira, 30 de outubro de 2013

in


nunca vira tanto o azul do céu ao amanhecer,
 porque fitava com demasia e amplidão,
obtia o azul que se amarelava com esmero
como se estivesse em alguma zona lunar,
promovida mudança de vista se dava por alguma estrela escaldante
escaldando o azul do céu, do oxigênio nu despido do toque
remexendo dentro de balões sobre a piscina também azul
 coloidal ele via a vida,
ele via como se a águia em guisa visse roedores em meio de palhas,
como se enrugando a provisão fibrilante dos segundos,
do relógio do pulso fraco de alguém dormindo sobre o efeito do álcool,
oleante do vento,
via, via sem demorar tanto mesmo que o olho fite até de esguelha
a fila de cores se estender com o ângulo parabólico do sol em fim de dia,
mesmo que a certeza logo após, e por isso mesmo,
seja o in a partícula superior do dia-e-noite,
 estremecendo todo o corpo nu, todo rosto maquiado e
 mãos segurando anéis que se perderão pelo caminho

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