domingo, 19 de maio de 2013

Por anda o sol? No horizonte cinza nuvens os pingos de chuva veem, ouço dentro do quarto sobre a telha os impactos, desmanche. Dentro do quarto os sinto como um batismo, como uma ode em voz de Iansã, deificados de frieza e adultério, decai vil, decaem nus. Ninguém os poderá proibir. Cair, cair sobre as cabeças, sobre as calçadas de poeira e pegadas peregrinas, sobre, sob, à sombra das nuvens, sem deixar que escapem do sobressalto, do ímpeto e não mais aguenta, cair se faz, se é a lei, que sol dá resquícios de luz, dá sinais de vida, de que voltara.

Nenhum comentário:

Postar um comentário