quarta-feira, 24 de abril de 2013

Vejo os primeiros raios de sol no leste

as cinco da manha enquanto o mundo descansa vim te dizer coisas no ouvido, te tocar, tocar em sua cintura e te trazer a canção, aquela que te contei outro dia... as cinco da manha enquanto lá fora ouço a chuva caindo das telhas e sinto o frio da rua, em mim te sinto mais quente, é longura de dias que nos rodeia, é ponteiro parado, tempo que não vai e sempre as cinco da manha que me vem a mente a razão fria e plácida de se fazer café quente e doce, escutá-lo chiar da chaleira, grito, grito, tomá-lo com biscoito, salgadinho, e concatenar, olhando-o se esgotar de mim em mim, fica a xícara, os fios cintilantes aos de matéria bruta pra se formar a toalha onde se comerá do bestial e da glória, de onde se descansará das quedas e das pestes, excessos, tentações do espírito... ah, as cinco da manha acordo, desperto estou pronto pra luta corporal que nunca veio hercúlea, porque de substancia lisa sou feito, escapulo do perigo, escapulo covarde e feliz.

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